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quando me mudei de brusque para a floripa  logo de cara percebi três coisas:

1) chamavam "massinha" de pão doce
2) as empadas eram de massa podre e não de massa folhada
3) se preocupavam muito mais com a apresentação das doces que com o sabor

sei que este último item generaliza e pode parecer acusador. sei também que toda cidade tem seu quê gastrônomico e talvez "pâtisserie" não seja o foco ilhéu. mas, deixando os lampejos politicamente corretos de lado, a tendência por estas bandas eram doces esculturais pra encher os olhos mas não a barriga. cremes de gema eram substituídos por doce de leite.. nata batida por chantilly ou glacê.. e chocolate era recheio E cobertura E calda.
a cereja no bolo eram as porções diminutas cobradas como se leite condensado fosse trufa branca. 
senti falta de fartura sincera. senti falta de nata de verdade. senti falta de doce que não grita excesso de açúcar na boca.


final de semana de volta ao vale não pensei duas vezes e pedi um doce.. humm.. a massa folhada estava ali. a nata também. a fatia preenchia um prato fundo e seu preço não ousava ultrapassar a primeira casa decimal.



mas... quando coloquei reparo em meu mil-folhas ali esquartejado na mesa.. com suas camadas mais enfileiradas que sobrepostas não pude evitar o comentário que ele carecia de apresentação e que sua porção poderia ser mais delicada.




é internet.. eu sei... minha vida é mesmo um drama.
pacas.

2 comments :

DoMarco disse...

uma torta alemã honesta! Mas pra mil folhas tem que ser no emporio da 51 mesmo =) Ja torta alemã é na Meri. É complicada a vida de classe media.

Denis disse...

Complicada é a minha vida de ver essa descrição e estar com fome. Meu estômago sofre, sofre de saudades dessas natas...